Blog da banda de rock pop experimental Zanzara.

Saturday, November 13, 2004

Músicas novas na trama virtual

http://www.tramavirtual.com.br/artista/zanzara

Wednesday, November 03, 2004

falaram do zanzara no jornal hoje em dia!!!!

Belo Horizonte, MG, Brasil, Sábado 30/10/2004




Coluna Marcelo Dolabela



Qual o futuro, Sr. Passado? (Ou a última volta do parafuso)

Arte e Mercado, quase sempre, no mundo capitalista, agem da mesma forma em relação a uma tendência. Às vezes, a antecipam. Às vezes, a estabelecem. Em outras, dão a ela uma direção.
O fato ruidosamente comentado hoje foi e está, quase sempre, de uma forma explícita ou implícita, apontado ontem. Outras vezes, é necessário um gesto futuro para melhor explicar um fato do presente.
É impossível ignorar que Leonardo da Vinci, G. H. Wells e Julio Verne não foram antecipadores de importantes fatos. O helicóptero. A guerra nas estrelas. As viagens interplanetárias.
Quem assiste ao filme 'Rabid' (no Brasil, 'Enraivecida -Na Fúria do Sexo'), do canadense David Cronenberg, estrelado pela atriz pornô Marylin Chambers, sem conhecer a data de seu lançamento, sem dúvida, acreditará que a película tem por tema a Aids. Mas, ao saber que o filme é de 1977, portanto cinco anos antes do aparecimento desse mal, não tem como não se assustar, com a antecipação e com a obra em si, um clássico da filmografia de Cronenberg e do cinema de terror.
E o filme 'Terra em transe', de Glauber Rocha; e a canção 'Tropicália', de Caetano Veloso, ambos de 1967? Antecipadores do 'Maio de 68' e do golpe sobre golpe realizado a partir da fechadura total pós-AI-5, de dezembro de 1968.
Na outra extremidade, temos, porém, fatos que ainda precisam ser estabelecidos: o golpe de 1964, as Diretas-Já e a Era Collor. Isso para ficarmos no âmbito da vida política recente do Brasil.
Alguns dirão: mas a história recente do País já está bem contada e analisada. Historicamente, sim. Mas artisticamente, não. Falta, ainda, uma obra da monta de um 'Os Sertões', de Euclides da Cunha. Que, magistralmente, registrou a Guerra de Canudos.
Nessa dança de tempos contínuos (passado / presente / futuro) e descontínuos (antecipar / estabelecer), o estetoscópio do tempo deve auscultar vários corações ao mesmo tempo.
Ouvindo o coração da fera
A música pop é uma esfinge bifronte.
Uma face é arte; a outra, mercado.
Mesmo que alguns teóricos insistem em dizer que ela é ralo e reles produto jogado no cocho das massas incautas e incultas.
Mesmo que alguns apologistas do sucesso insistam em cantar o paraíso feliz de algo que transcende o jogo opositivo entre 'bom' e 'ruim'.
A música pop, como toda expressão humana, é algo que existe em uma situação.
Assim, 'antecipar', no chutômetro, quais artistas ou bandas terão futuro, opor presente a passado ('antes era melhor') e dicotomizar quantidade e qualidade é dar um xeque-mate, para usarmos uma metáfora do xadrez, em um peão.
Sei que esses três temas, vez ou outra, são pautas em jornais e revistas. Como 'matérias frias' são ótimas. Ocupam espaço naquele momento em que não há nada de muito relevante para se publicar. E é importante, também, para as gerações que chegam. Apenas isso.
Recentemente, respondi a essas questões, via e-mail, assim:
'não sou muito chegado nessa pauta: 'promessas do rock'. Pois acho que poucas bandas são promessas, a maioria faz o 'jogo' de ser independente para ser capturado por uma grande gravadora.
Pouquíssimas bandas - desde sempre - têm um perfil rock and roll. A maioria está nessa por, como já disse a Plebe Rude, 'fama, mulheres & dinheiro'.
Uma promessa pode ser apenas mercadológica. O som não tem nada de novo ou de interessante. Mais um CPM22 ou Detonautas da vida. Nada mais.
Para citar bandas que amanhã me mostrarão o que realmente elas são (embuste, pop descartável etc), prefiro estar do lado dos que pensam que 'roqueiro de butique' é tão bom ou tão ruim quanto a Kelly Key, o Latino e a Tati Quebra Barraco.
Então, dentro desse universo de pré-vestibular para pop star, cito apenas três grupos (daqui de BHz) que, na atual etapa do pop rock brasileiro, me dizem alguma coisa, não são promessas, mas fazem algo de novo e de diferente da farofa new-metal, nu metal, prog metal etc.: PexbAa, Zanzara e (os experimentais) do grupo Grivo.
Da turma velha, ainda fico com o Último Número e Os Contras - que vez ou outra, voltam à ativa - e o Pato Fu. E o ex-Sexo Explícito Rubinho Troll, que, há algum tempo, reside em Londres.'
A questão central é como entender, efetivamente, as antecipações e estabelecer vozes e obras conclusivas, não definitivas.

Marcelo Dolabela, poeta, autor de vários livros, dentre eles “Amônia" e “ABZ do Rock Brasileiro" escreve aos sábados nesta coluna.
E-mail: mdolabela@brfree.com.br


http://www.hojeemdia.com.br/sec/hoje.cgi?funcao=L&codigo=c004&data=1030&anopesq=2004


Gravadas 7 novas músicas do zanzara!!!!

São elas:
cartas de amor
nuvem desnuvar
balanço da década
não sei o que faço
madrugada jazz
pão com manteiga
poema em dois

...e o Héctor foi no Rio ver o Doors...